Se é minha, o que fazer?

Num poema sem sentido
Desconto a minha vida
Pois é na escrita
Onde encontro meu prazer

Penso em palavras
Penso em seus sons
Sentidos e dons

Penso, penso, penso
Se penso, só penso
Mas nada consigo apreender
Se a vida for como um dever

Mas a vida é minha
É de quem quiser
E sendo como é
Desisto do dever

Faço da vida o meu viver
E se assim eu quero
Assim vai ser

Se duvidas
Escreves uma rima
E eu escolho então
Se uma sina ou se me fascina

E assim levo a vida
Da forma como me combina
De como é o meu querer
Sendo o que sou
Sendo o meu viver.


Tom Marcelino

Equilibrista

A corda é fina
A corda é bamba
Nem com uma rima
A vida se equilibra

O equilibrado
vê do alto
A corda fina
Do caminho que domina

O desequilibrado
vê embaixo
a corda bamba
do destino que que o vitima

A corda é fina
A corda é bamba
Faço uma rima
E sigo a vida.
Equilibrista, equilibrando.

Tom Marcelino